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sexta-feira, 1 de junho de 2012

GERALDA CATANHA É A MAIOR SÃO DOMINGUENSE DE TODOS OS TEMPOS- DIZ ENQUETE DO SÃO DOMINGOS NO AR



Filha de Josefa Brígida de Jesus e Antônio João de Melo, Geralda Josefa de Melo foi a quarta filha de uma família numerosa ao todo 29 irmãos, nasceu na Vila de Poço Fundo distrito de Santa Cruz do Capibaribe-PE, em 01 de Agosto de 1948. Teve que trabalhar desde cedo na agricultura e dentro de casa para ajudar sua mãe a cuidar dos filhos. Quando tinha 12 anos sua família veio morar na sede da cidade. Com sua mãe também aprendeu o oficio de costureira. Passou boa parte de sua adolescência na casa de seu tio João em Caruaru, lá fazia costuras particulares. Depois que voltou para Santa Cruz decidiu abrir um curso de "Corte e Costura" para ensinar suas colegas e pessoas interessadas já que neste momento a cidade começava a ter sua economia se fortalecendo na sulanca e muita gente não tinha domínio dos cortes, tecidos e máquinas. Estudou no Colégio Cenecista Pe. José Aragão Araújo. Na época além de ser um orgulho também era uma obrigação para os alunos participarem dos desfiles em comemoração ao 07de Setembro; certa vez o prof. Zé leite como era conhecido informou que o fardamento iria ser trocado por um novo e que só iria tocar na banda marcial da escola quem pudesse custear as despesas da troca e quem não tivesse condições podia se considerar de fora. Diante disso como sabia que não poderia participar foi para casa triste, mas teve uma idéia e desenhou um chapéu combinando com o modelo da farda apresentando aos alunos, mostrou ao Professor que sem pensar duas vezes adotou o chapéu para completar o traje, assim feito pode pagar sua farda e ainda conseguiu dinheiro extra. Como todos de sua família, Geralda Catanha também tem uma aproximação com o mundo musical, principal- mente a sanfona, gosto este herdado da família de sua mãe; outra curiosidade é o apelido que a família tem, pois o Catanha não é sobrenome oficial é um apelido da família de seu pai , que era conhecido por Antônio Catanha. Depois fez curso de atendente de enfermagem na Fundação de Saúde Amaury de Medeiros -Fusam em Caruaru, no término alguns alunos já saíram recomendados para trabalhar, foi dada a lista para que escolhessem os locais onde poderiam serem lotados, ao longo desta escolha Geralda percebeu quem ninguém queria vir trabalhar em São Domingos, daí tomou como um desafio e escolheu a referida localidade, justificando que morava em Santa Cruz e era próximo a São Domingos. Em 1979, depois de um ano de trabalho veio morar na pequena vila quando só existia a Rua Luiz Cecílio de Santana com casas construídas afastadas umas das outras, a Capela e a Escola Mínima São Domingos que só tinha duas salas de aula. Geralda passou a fazer parte da vida social da mesma se engajando em movimentos religiosos e políticos locais, foi presidente da Festa do Padroeiro em 1986, participava efetivamente das rezas do terço Mariano principalmente no setor São Lucas. Trabalhou como única atendente no Posto de Saúde de São Domingos por 12 anos, quando na época só tinha um médico uma vez por semana. Muitas ocasiões de campanha de vacinação ia aos sítios de bicicleta já que não era disponibilizado transporte para esta tarefa, amarrava a isopor no bagageiro e partia pensando nas crianças que iriam ficar sem vacina caso ela não fizesse esse esforço. Teve suas três filhas, construiu sua residência a princípio através de mutirão feito por seus irmãos e pelas pessoas de São Domingos. Certa ocasião conversando com o Padre Bianche Xavier ( Pároco de Santa Cruz que dava assistência religiosa mais que a sede da Paróquia que era do Brejo), com d. Severina Leandro e Severino Vieira observaram a situação do terreno onde hoje estar à casa paroquial, pois este não era regularizado então foram até a Diocese para pedir regularização do terreno como sendo da paróquia junto aos órgãos competentes para se poder construir a tão esperada casa paroquial. Integrava os conselhos de direitos municipais como Conselho de Saúde entre outros representando o distrito, fez parte do Conselho de Moradores e da Comissão Pro - emancipação de São Domingos, por se destacar entre as pessoas da comunidade tentou vaga na Câmara Municipal de Brejo, sendo a primeira mulher se São Domingos a sair candidata a vereadora. Seu trabalho na saúde se mistura ao desenvolvimento da mesma no distrito, pois trabalhou no Posto de Saúde, depois com a chegada dos PSFs nos anos de 1994 trabalhou no Centro de Saúde que seguida virou a Policlínica, além disso, também confeccionava e cofecciona trajes para eventos especiais como roupas para casamento, aniversário, trajes juninos, fardamento de bandas marciais, fantasias, tornando-se assim referência na região. Hoje moradora em São Domingos e é humildemente agradecida pelo reconhecimento dado pelas pessoas que a escolheram dentre tantos nomes que colaboraram pelo desenvolvimento desta terra e acredita no potencial que ela tem para crescer e se tornar uma grande cidade.

Parabéns ao blog São Domingos no Ar pela Idéia!

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