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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Em Olinda, família de suspeito de canibalismo pede proteção à polícia Homem em moto teria ameaçado parentes de suspeito de homicídios. Caso vai ser encaminhado à Delegacia de Proteção à Pessoa, no Recife.


Luna Markman Do G1 PE

Nesta quarta-feira (19), um dos irmãos do suspeito de cometer, ao lado da esposa e da amante, pelo menos sete homicídios em Pernambuco, entre eles a morte e esquartejamento de duas mulheres em Garanhuns, no Agreste do Estado, prestou queixa na Delegacia de Olinda. De acordo com a assessoria da Polícia Civil, em depoimento ao delegado titular Paulo Berenguer, ele disse que a família, que mora em Olinda, "está se sentindo ameaçada". O caso vai ser encaminhado à Delegacia de Proteção à Pessoa do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife, que ainda não se informou se vai oferecer algum tipo de apoio a essa família ou não.

O G1 conversou com uma mulher que é, há 30 anos, amiga da família do investigado, que tem três irmãos. Ela contou que eles moram em uma mesma casa, com suas respectivas mulheres e filhos, e que, na tarde desta terça-feira (17), um homem em uma moto apareceu em frente à residência deles. "Ele não estava armado, mas fez ameaças, dizendo que esse era só o começo da história, que eles iam pagar pelos crimes. Por isso, eles foram à delegacia pedir proteção", falou.

Segundo ela, os familiares estão sendo penalizados pela atitude do parente criminoso. "As pessoas estão confundindo tudo. A família está sendo penalizada, massacrada por algo que não tem nada a ver com eles. Os irmãos são pessoas do bem, todos instruídos, com filhos. O canibal é o canibal, eles são eles", disse.

Além das duas mortes em Garanhuns, que os investigados confessaram a autoria, o que vem criando bastante polêmica e revolta é a revelação que o trio fez à polícia, afirmando que consumia a carne das mulheres assassinadas. Eles também disseram que usavam pedaços da carne humana para rechear salgados que vendiam na cidade. Após a declaração, muitas pessoas que teriam consumido os produtos se pronunciaram.

A amiga contou, ainda, que a família cortou relações com o suspeito há alguns anos. "A família não tem contato com ele há uns cinco anos, desde que ele deu um golpe de R$ 80 mil na mãe e passou a conviver com aquelas duas mulheres. Antes, ele não era agressivo, era normal. Não sabemos a loucura que bateu nele. A família nunca aceitou nem vai aceitar o estilo dele e pede perdão às famílias das vítimas."

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